Um menino quis desafiar um sábio que passava pela sua aldeia. Com um passarinho preso nas suas mãos, aproximou-se dele e perguntou:
— Tenho um pássaro entre as mãos. O senhor sabe se ele está vivo ou se está morto?
Obviamente a pergunta era maldosa, pois se o sábio respondesse que o pássaro estava vivo, o menino pretendia esmagá-lo; se respondesse que morto, abriria suas mãos e o deixaria voar. Contudo, a esperteza do menino sequer desconfiou da extensão dos horizontes da sabedoria, ficando perplexo ante a resposta do venerável homem.
— Isso depende apenas de você, meu filho.
Na vida nem sempre é possível escolher as situações pelas quais passamos. O contingente é uma constante, e uma constante inevitável. Entretanto, sempre é possível escolher o modo, o como viveremos essas situações, é aí que reside a nossa liberdade, a única que podemos verdadeiramente exercer.
Fazer a paz ou fazer a guerra no nosso dia-a-dia, dentro de nosso lar, com o nosso vizinho, com o colega de trabalho ou estudos, com o nosso próximo na rua, no ônibus ou numa reunião de amigos, depende da nossa escolha. É como se a própria sabedoria encarnada na vida estivesse nos dizendo a todo instante:
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